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Há
ciências que estudam objetos voltados ao passado, como a paleontologia, a
arqueologia, a história. Em geral, não sofrem os efeitos da premência
relacionada à previsibilidade que caracteriza outras disciplinas científicas,
como a economia e a epidemiologia (inclusive, ambas operam com a sintomática
noção de risco).
Por
várias razões, analistas sociais consideram que esta preocupação futurológica
se acentuou significativamente no perfil de muitas áreas de pesquisa (INNERARITY,
2004).
Uma delas seria a necessidade de lidar com o encolhimento do presente e a
ampliação das incertezas e os correspondentes sintomas de desassossego que
rondam as sociedades modernas. Esta sensação de grande insegurança que
acompanha nossa época, associa-se com os juízos de descontrole da técnica.
Paradoxalmente,
nossos tempos se caracterizam pelos efeitos dos muitos objetos resultantes da
vertente tecnológica ensejada pela ciência moderna, a partir de seus cânones
de racionalidade. No entanto, estamos testemunhando que a racionalidade não
traz obrigatoriamente certeza, consistência, confiança, tranqüilidade (INNERARITY,
2004).
Talvez
a presente disponibilidade de ferramentas de modelagem e simulação e a
grande ênfase em técnicas estatísticas prospectivas sejam manifestações
emblemáticas deste estado de coisas – seja como resultado da busca de
satisfação de uma necessidade, seja como sintoma do espírito de uma época
vertiginosa. Talvez os dois conjuntamente. Mas, inegavelmente, o afã
antecipativo se acentuou bastante nos tempos atuais, a ponto de algumas ciências
hightech incorporarem presentemente
uma forte aura futurista que as aproxima grandemente das narrativas de ficção
científica.
Por
outro lado, os discursos sobre a saúde nunca se referem tão-somente a dimensões
da saúde. Se tais discursos significam modos de pensar, escrever, falar sobre
a saúde e suas práticas, é preciso situá-los em determinados momentos históricos
e saber as razões porque se legitimam ao acompanharem e se ajustarem à ordem
econômica, política e social onde são gerados, sustentados e replicados.
Discursos sobre a saúde (e, mais especificamente, sobre riscos à saúde)
consistem em construções contingentes, de caráter normativo,
inapelavelmente vinculadas a outros interesses. Dependem, explicitamente ou não,
de definições do que é ser humano, o tipo de sociedade que se almeja e os
modos de atingi-la. (ROBERTSON,
2001).
Hoje
em dia, há um visível predomínio de discursos sobre saúde produzidos por
um campo que se convencionou chamar como ‘nova saúde pública’ (NSP). A
NSP utiliza conceitos e estratégias como promoção e educação em saúde, marketing
social, screening diagnóstico,
imunização, participação comunitária, políticas públicas de saúde,
colaboração intersetorial, ecologia, economia em saúde, entre outras. A NSP
caracterizar-se-ia por sua postura modernista. Isto é, se ancora na crença
iluminista da ciência, nos valores da racionalidade e na de suas instituições
e modos de organização, para sustentar sua legitimidade social com vistas à
busca de melhores condições de saúde, no eterno enfrentamento com as ameaças
à integridade humana. Em síntese: a idéia de primazia do individualismo,
onde agentes racionais exercem suas prerrogativas; um clima de descrédito
quanto à autoridade política dos governos; destaque excessivo quanto ao
papel do mercado como instância reguladora da economia (LUPTON,
1995).
Além
disto, convive-se com a idéia de que a ‘verdade’ só pode ser obtida
mediante buscas quase paroxísticas pelo que se convencionou chamar de ‘evidências’
– emblemas deste discurso de verdade empiricamente correto (ou seja, do que
é tangível, pois o que não é retido por este filtro, ou tem importância
secundária, ou pior ainda, não existe).
Uma
das críticas, a que mais nos interessa, assinala que as premissas filosóficas
vinculadas ao empiricismo evidenciológico que, em sua forma extrema, situa os
resultados de estudos experimentais como sendo primordiais em relação a
outra formas de conhecimento, assumem a impossível proposição que observações
possam ser feitas de modo totalmente objetivo, independentemente de teorias e
da visão de mundo do observador.
Além
disto, a definição de ‘evidência’ mesmo possuindo níveis de pertinência,
tem suas limitações. É passível de excluir informações relevantes ao
conhecimento e à compreensão da situação de saúde, podendo colaborar com
mecanismos culpabilizantes. As abordagens baseadas em evidências costumam
hierarquizar os resultados dos estudos de acordo com os métodos de coleta,
com prioridade para estudos experimentais aleatorizados e metanálises. E,
assim, tendem a considerar de importância secundária as informações de caráter
qualitativo de caráter sociocultural e psicológico (quando não a consideram
supérfluas) e aquelas referidas a esferas sociopolíticas, que se mostram
menos amigáveis aos dispositivos quantitativos numéricos.
Curiosamente,
a avaliação da própria MBE padece de um aparente paradoxo. Conforme suas
premissas metodológicas, para legitimar determinada ação em saúde, são
necessários ensaios clínicos aleatorizados e estudos de metanálise que
mostrem eficácia superior dos efeitos estudados em relação aos
grupos-controle. Pois, não há ‘evidências’ originárias mediante esta
ordem de estudos que assegurem empíricamente a eficácia superior das decisões
clínicas provenientes da medicina baseada em evidências em comparação à
assistência de saúde a pacientes através de outros enfoques clínicos não-evidenciológicos.
(COHEN ET AL, 2004)
Agora,
importa delinear a noção de responsabilidade. Sabemos que tal tema permite
complexas abordagens ético-filosóficas, jurídico-legais que, decerto não
cabem aqui. Por enquanto, basta considerarmos que a idéia de
responsabilidade, em termos gerais, envolve primordialmente a noção de dever
ou obrigação de indivíduos/instituições prestarem contas a instâncias de
regulação - concretas ou simbólicas - por determinadas ações, sejam próprias,
sejam de outrem ou relativas a objetos que, através de algum compromisso,
lhes foram confiados. Cabe destacar que se está, nestas circunstâncias
sujeito a dimensões da lei, dos usos e costumes ou da consciência.
Responsabilidade
consiste em uma idéia normativa que enseja e sustenta ordenações essenciais
à organização dos coletivos humanos. É inevitável a associação de
‘responsabilidade’ com ‘culpa’, especialmente no que se refere ao
não cumprimento das obrigações.
De
qualquer forma, há que levar em conta a ênfase moralista nas complexas
sociedades modernas e sua correspondente preocupação com responsabilidade e
culpabilização (INNERARITY, 2004). A visão moralista, a partir de raciocínios
que visam a estabelecer causas bem definidas, procura localizar e punir
responsáveis/culpados por correspondentes faltas. Não é comum, nestas
circunstâncias, existir muita disponibilidade para benefícios da dúvida em
relação à indefinição das causas efetivas ou da culpabilidade dos réus.
Sabidamente, a perspectiva moralista, além de inclinar-se para o maniqueísmo,
não costuma reconhecer-se como tal.
O
princípio de prevenção/precaução vem se tornando cada vez mais imperioso
em tempos no quais a consideração de cenários futuros se torna uma
constante nas propostas de gestão de vários aspectos da vida. A prevenção de riscos
tem suas ambivalências, segundo juízos eventualmente imponderáveis - podem
envolver medidas procrastinatórias ou intervenções urgentes (INNERARITY,
2004). Neste caso, o princípio da prevenção ou
precaução pode ser usado de modo manipulativo, de acordo com as
circunstâncias e, também, com os interesses envolvidos. O exemplo da
justificativa da guerra preventiva ao Iraque por parte do Estados Unidos é um
triste emblema da política a partir desta racionalidade. Mas, neste trágica
contingência, a constatação da insuficiência de evidências só se
confirma a posteriori. Aliás, como de resto, depois que o futuro se torna
presente, é possível saber se as especulações antecipativas se
confirmaram.
No
caso da prevenção dos riscos em saúde, diante de tantas imponderabilidades
que envolvem a determinação e a presentificação de agravos à saúde,
mesmo tomando-se as medidas preventivas, não temos certeza que os resultados
de proteção estejam garantidos em função das medidas tomadas.
Cabe
ressaltar que não se trata aqui de desconsiderar o poder do conhecimento
disponível sobre risco, importante nas técnicas e conjuntos de práticas com
vistas à prevenção de doenças em nível populacional. Mas, sim, tanto
sinalizar sobre possíveis efeitos de exageros em sua utilização, como
ressaltar sua vinculação com aspectos indesejáveis das correntes configurações
socioculturais que devem ser aperfeiçoadas. Inegavelmente, o cálculo do
risco, em termos de sua orientação temporal futurológica, desempenha um
importante papel no sentido de viabilizar o delineamento de regularidades e
padrões até que se possa ordenar as aparências de modo a produzir-se algum
senso de previsibilidade com vistas ao controle e à prevenção.
Cabe
aqui a pergunta: será que cada vez mais se irá conceber a idéia de saúde a
partir da noção de segurança? E que esta será mediada por exercícios de
auto-vigilância? Um dos encaminhamentos analíticos para lidar com esta ordem
conceitual é proposto por autores foucaultianos. Seus pilares centrais
residem na metáfora do panóptico de Bentham. Para alguns críticos, na
atualidade, a idéia do panóptico não é mais suficiente para lidar com os
atuais elementos tecnológicos-comunicacionais na produção da subjetividade
(MATHIESEN, 1997, apud BAUMAN, 2003).
No
caso da auto-vigilância, são perceptíveis outros sinais que podem ser
representados pela noção de sinóptico. Se no panóptico, muitos eram
observados e controlados por poucos, através de postos privilegiados de
observação supostamente ativa, no sinóptico, muitos observam passivamente a
poucos e se auto-controlam por efeito de demonstração e convencimento (algo
próximo ao outro Big Brother, o dos
‘espetáculos de realidade’ televisiva).
Além
disto, a idéia foucaultiana de governamentalidade (uma justaposição de
governo com mentalidade) é bastante utilizada. Não vamos aqui entrar no
detalhamento das origens da noção[1].
Segundo Lemke (2002), o aspecto de governamentalidade que nos interessa é
aquele desenvolvido por Foucault para abordar a capacidade do indivíduo autônomo
de autoregular-se e como isto se vincula a dimensões políticas e econômicas
de exploração. Muitas das críticas à promoção de saúde e ao
neo-liberalismo (e como estes se relacionam de modo recursivo) se ancoram a
este ponto de vista (BUNTON
ET AL, 1995).
A
governamentalidade diz respeito a formatos de poder que transcendem ao exercício
direto de dominação, mediante a produção de subjetividade. Para isto,
segue uma racionalidade que define finalidades de ação e modos apropriados
de alcançá-la. As formas de controle via auto-governo são denominadas
‘tecnologias de si mesmo’. Em síntese, o auto-cuidado é uma estratégia
de tornar indivíduos pessoalmente responsáveis pela gestão de riscos
socialmente gerados. Um traço marcante da racionalidade neo-liberal consiste
na justaposição que procura estabelecer entre o indivíduo moral e responsável
com o indivíduo econômico e racional. A noção de livre arbítrio se escora
tanto no sentido do direito de decidir como no da liberdade da escolha. Esta
é necessária na equação que desemboca na responsabilidade das ações e de
suas consequências a este indivíduo.
A
idéia de vida nua – no sentido tão-somente de sobrevida, sem qualquer
dimensão de capacidade de ação política qualificada é uma das teses mais
conhecidas de Agamben (1995) e acompanha sua teorização acerca do homo
sacer – a impressionante figura do direito romano antigo que assim
denominava ao indivíduo cuja existência não é digna de ser vivida, nem
oferecida como sacrifício ritual aos deuses. Mas, que poderia ser eliminado,
sem que este evento seja encarado como delito, pois seu direito à vida não
está previsto pela lei. Vale a pena mencionar que a palavra latina
‘sacer’ é curiosa em sua ambiguidade polissêmica por poder significar
tanto ‘sagrado’, ‘santificado’, como ‘maldito’, ‘devotado à
destruição’, ‘horrível’[2].
Talvez não seja absurdo indicar que, para aqueles que podem atuar como
agentes de consumo, uma das formas de pensar as práticas de saúde que visam
à produção do que podemos chamar de ‘sobrevida nua’ produza o homo longo aeuo[3]
– o indivíduo devotado à sua longevidade - figura gerada pela ‘nova saúde
pública’ que enfatiza certas práticas individualistas e apolíticas de
promoção sanitária onde o bem supremo é o prolongamento da vida em termos
estritos de longevidade, de preferência com o máximo de conforto que seja
possível conforme as circunstâncias da vida se apresentem.
Bauman
(2005) retoma a noção dos homini sacri
de Agamben e enfatiza, com absoluta pertinência, que os processos de construção
da ordem política e econômica atuais geram as ‘populações excedentes’.
Tais grupos constituir-se-iam em mais uma variedade de lixo humano –
pessoas, que apesar de, em muitos casos,
permanecerem dentro do primado das leis, seriam ‘vítimas
colaterais’ - um efeito adverso do presente estado de ‘progresso econômico’.
Não é possível fazer de conta que estes seres, ainda que muitas vezes
vistos como ‘supérfluos’, não existam e que sua produção não para de
crescer. No entanto, os ‘tratamentos de resíduos’ propostos, em geral,
assumem feições tecnicistas, burocráticas, assépticamente distanciadas e,
inevitavelmente, insuficientes, diante da desproporcional magnitude dos
processos geradores de lixo (BAUMAN, 2005).
A
promoção de saúde é um dos enfoques biopolíticos possíveis dentro das múltiplas
configurações biopolíticas e seus respectivos discursos (ecologia, minorias
sexuais) existentes. Para Heller e Fehér (1995), o discurso sanitário surgiu
como reação radical conservadora a um movimento, também biopolítico, da
‘boa vida’ dos anos sessenta, que se caracterizou pelos apelos à franca
manifestação da sexualidade, ao êxtase e ao uso de drogas.
Ao
encerrar esta parte de nosso desenvolvimento, cabe descrever um curioso
exemplo de supostas referências ao espírito desta época que aparece no
terreno da publicidade espanhola com uma reação ao vigoroso discurso atual
da responsabilidade individual em saúde atual através de uma engenhosa referência
a um dos mais conhecidos vilões do estilo de vida não-sadio - os cigarros de
tabaco. A agência publicitária da marca Nobel produziu vários cartazes que
invariavelmente consistem em imagens de pessoas desenhadas em um estilo que
sugere a estética visual dos anos sessenta em tons amarelo, vermelho, preto e
branco. Além disto, estas mesmas imagens e textos estão estrategicamente
estampadas nos maços com a visível função de atuar como contra-argumento
aos contundentes avisos das autoridades sanitárias acerca dos graves riscos
do tabagismo. As mensagens, via de regra, são construídas com uma estrutura
aparentemente contraditória. Mas constituem-se em bem urdidos oxímoros,
jogando com idéias que dão margem a proposições de caráter hedonista, de
certa forma, compatíveis com o espírito dos anos sessenta.
Vejamos
alguns dos textos: ‘los mejores sueños los tengo despierto’; ‘hay
segundos que se hacen eternos’; ‘a veces lo más pequeño es lo más
grande’; ‘cuando dejo de buscar, encuentro’; ‘a veces para encontrarme
tengo que perderme’; ‘a veces ser feliz me hace llorar’; el plan es que
no hay plan’, ‘cuanto más lejos estamos, más cerca te tengo’; ‘estar
serio me hace reir’, ‘a veces, el más inteligente es hacerse el tonto’[4].
Em
todos, a idéia matriz procura liberar tabagistas da obrigação de
comportamentos racionais que sustentem posturas de comedimento responsável -
que levem a interromper o fumo (em uma das metades semânticas da frase), uma
vez que isto os afastariam das possibilidades de usufruir de formas e circunstâncias
geradoras de significados mais intensos da vida ligados ao prazer de continuar
fumando, ainda que arriscadas (a porção restante da frase). O lema da
campanha resulta em um golpe de misericórdia na noção (racional) de
responsabilidade individual/obrigação: ‘disfruta de tus contradicciones’
(desfruta de tuas contradições).[5]
Em síntese, a promoção de saúde hegemônica atual pode ser interpretada
como uma política de neo-higiene interna, de forte conteúdo moral com vistas
à longevidade ou, no limite, como denegação da morte. Com a perspectiva de
que nos mantenhamos o mais tempo possível sob a égide globalizada do mundo
racional da produtividade e da geração de riquezas. E, procurando o impossível
equilíbrio esquizofrênico entre a busca de satisfação de desejos
propiciados pelas múltiplas tentações oferecidas paroxisticamente ao nosso
redor, e um comedimento responsável para que não nos consumamos neste vórtice.
Referências
bibliográficas
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G. Homo Sacer. poder soberano e vida nua. Belo Horizonte: Ed. da UFMG,
2002.
BAUMAN,
Z. Liquid Love. On
the frailty of human bonds. London:
Polity Press, 2003.
BAUMAN,
Z. Vidas desperdiciada: La modernidad y
sus párias. Barcelona:
Paidós, 2005.
COHEN,
A.M; STAVRI P.Z.; HERSH, W.R. A categorization and analysis of the criticisms
of evidence-based medicine. International Journal of Medical Informatics. n.73(1), p. 35-43, 2004.
FOUCAULT,
M. Technologies of the Self. In: MARTIN, L.H. Technologies
of the Self: A
Seminar with Michel Foucault. London:
Tavistock, p. 16-49, 1988.
HÉLLER,
A.; FÉHER, F. Biopolítica. La
modernidad y la liberación del cuerpo. Barcelona: Ed. Pensinsula, 1995.
INNERARITY,
D. La sociedad invisible. Madrid:
Ed. Espasa
Calpe, 2004.
LEMKE,
T. Foucault, Governmentality, and Critique. Rethinking
Marxism, n. 3, p. 49-64, 2002.
LUPTON,
D. The imperative of health. Public
health and the regulated body.
London: Sage Publ., 1995.
PETERSEN,
A & LUPTON, D. The New Public Health: health and self in the age of
risk. London: Sage
Publications, 1996.
ROBERTSON,
A. Biotechnology, political rationality and discourses on health. Health,
n. 5(3), p. 293-309, 2001.
[1]
Para isto ver Lemke,
T. Foucault, Governmentality, and
Critique, in: Rethinking Marxism, 14. Jg.,
No. 3, 2002, S. 49-64S.
[3]
Agradecemos ao apoio de Josep Bernabeu Mestre, Professor do Depto. de História
da Ciência e de Javier Fresnillo Nuñez, Prof. Titular de Filologia
latina da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Alicante para
a elaboração correta desta expressão em Latim.
[4]
“os melhores sonhos, eu tenho acordado”; “há segundos que se fazem
eternos”; “às vezes o menor é o maior”; “quando deixo de
procurar, encontro”; `”às vezes para encontrar-me preciso
perder-me”; às vezes ser feliz, me faz chorara”; “o plano é que não
há plano”; “quanto mais longe estamos, mais perto tenho você”;
“ficar sério, me faz rir”; “às vezes o mais inteligente é se
fazer de bobo”.
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