Isepol - Instituto Sephora de Ensino e Pesquisa de Orientação Lacaniana

Publicações

Psicanálise, ciência e discurso


imagem-livro-cabeca-brasileiro

Nosso ponto de partida é o axioma lacaniano: “Dizer que o sujeito sobre quem operamos em psicanálise só pode ser o sujeito da ciência, talvez passe por um paradoxo” (1998, p. 873). Para Lacan, teria sido impensável a descoberta do inconsciente por Freud, bem como a prática da psicanálise, antes do advento da ciência, no século XVII. Se o surgimento oriundo do advento da ciência moderna é homólogo ao sujeito da psicanálise, pretendemos mostrar que ele é também o obstáculo que a prática analítica pretende retificar. A psicanálise opera sobre o sujeito da ciência, e o desejo do analista é o motor desta operação. Pensar o desejo do analista graças a esta articulação nos permitiu demonstrar que essa noção – que surgiu pela primeira vez em “A direção do tratamento e os princípios de seu poder” – é coerente com a formalização do discurso do analista.


Tania Coelho dos Santos
Rosa Guedes Lopes



Sumário:

Capítulo I
A equação lacaniana dos sujeitos da ciência e da psicanálise


Psicanálise e ciência
O advento da ciência moderna
O platonismo medieval
O aristotelismo medieval
Galileu e a revolução científica
A “tradição” moderna
O sujeito da ciência moderna é o sujeito sem qualidades
Qualidade: um obstáculo epistemológico
Perda da realidade: fator estrutural e estruturante
Deus e o cosmo fechado
A perda da realidade no sujeito


Capítulo II
O advento da psicanálise


Complexo Edipiano: pai, lei e desejo
O conceito de Nome-do-Pai
O Nome-do-Pai no primeiro ensino de Lacan
A “imaginarização” e a “significantização” do gozo
A metáfora paterna
O desejo no campo do Outro e a função do Nome-do-Pai
O Nome-do-Pai no segundo ensino de Lacan
A gênese do objeto a e o Nome-do-Pai
Nome-do-Pai: do moderno ao contemporâneo
Reintroduzir o Nome-do-Pai na consideração científica
E o que foi feito de Deus?


Capítulo III
Da ciência moderna ao discurso do analista


A ciência moderna e o sujeito que ela produz
O desejo do analista e seu discurso
O desejo do analista e seu ser


Capítulo IV
Estrutura de linguagem, discurso, verdade e gozo na ciência e na psicanálise


A ciência e a psicanálise
O fantasma do homem e o real da mulher
O semblante: estrutura e verdade
O discurso do analista é científico?
Sobre o real sem sentido nas ciências em geral e na psicanálise em particular
Metáforas freudianas e lacanianas acerca do real e da realidade
Psicanálise: teoria, ensino, clínica e transmissão


Bibliografia

Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2013


O livro está à venda nos seguintes links:

AMAZON
www.amazon.com.br

LIVRARIA DO PSICÓLOGO E EDUCADOR
www.livrariadopsicologo.com.br