Quando a
psicanálise nasceu com Freud, no final do século XVIII, a
clínica psiquiátrica clássica já havia nascido há mais ou
menos um século atrás, através de duas grandes escolas: a
francesa e a alemã.
Em 1793, em
plena Revolução Francesa, o alienista francês Philippe Pinel,
com seu gesto de libertar os internos do hospital Bicêtre,
marcou este início. A sua atitude simbolizou que, a partir
daquele momento, o doente mental seria considerado não mais
como criminoso, “possuído pelo demônio” ou etc, mas como um
doente – um doente da razão. Este gesto de Pinel é
bastante simbólico porque marca a passagem da Idade das Trevas
ao Iluminismo, da desrazão à razão. O doente mental sai
das mãos da religião, dos curandeiros, da família, e passa às
mãos da ciência.
Já a
psiquiatria alemã começou, entre 1800 e 1850, num contexto
cultural muito diferente do espírito iluminista francês que é
o do romantismo. Enquanto o movimento iluminista pregava o
racionalismo, o romantismo alemão “defendia, pelo contrário, o
aspecto irracional, o sentimento de contato com a natureza, os
valores individuais[1]” – a visão de mundo
(Weltanschauung).
Há, então,
um período em que a psiquiatria se desenvolveu sem a
existência da psicanálise, mas não demoraria muito para esta
despontar no horizonte do fim do século XVIII. Foi do encontro
de Freud com o psiquiatra francês Jean-Martin Charcot que a
psicanálise passou a ser concebida por Freud. Ele, por ser
germânico, estava mergulhado no romantismo alemão, mas também
entrou em contato com o espírito das Luzes através de Charcot,
na França, no Hospital Salpêtrière.
Esta
introdução visa localizar alguns antecedentes da psicanálise
na psiquiatria, visto que, quando Freud, e, posteriormente,
Lacan, falaram da erotomania, alguns psiquiatras já haviam
descrito pontos básicos deste delírio. Erotomania não é,
certamente, o único termo usado na psicanálise, que veio da
psiquiatria. Mas, mesmo tendo esta origem, ele não terá o
mesmo lugar, nem o mesmo uso na psiquiatria e na psicanálise.
Neste
trabalho, não trataremos da passagem da psiquiatria à
psicanálise, mas sim da extensão da noção de erotomania do
campo da psicose para o campo da neurose. Pretendemos abordar
a especificidade da erotomania feminina na psicose, e, em que
este conceito aplica-se à neurose.
A
erotomania na psicose
A erotomania
constitui-se, na verdade, no delírio de ser amado. Este termo
surgiu na psiquiatria clássica francesa, e foi o psiquiatra
francês Gaëtan Gatian de Clérambault (1872-1934) quem
sistematizou este tipo de delírio como uma síndrome. Antes de
Clérambault, citando apenas, como exemplo, três psiquiatras da
escola francesa, Jean-Etiénne Esquirol chamava esse delírio de
“monomania erótica[2]” ou “a loucura do
amor casto[3]”.
Agustín Benedict Morel o denominava de “delírio de amor[4]”,
e Dide e Guiraud ressaltavam o caráter passional da erotomania[5].
Antoine
Porot, em seu dicionário de psiquiatria, afirma que “as
alterações mentais sobre as quais se desenvolve o delírio são
diversas, mas quase nunca falta a estrutura paranóica deste, e
a instabilidade emocional é constante[6]”.
A síndrome
erotomaníaca de Clérambault é formada por um Postulado
fundamental e três fases. O Postulado fundamental é a certeza
que o sujeito erotômano tem em ser amado pelo objeto[7]. O objeto nunca é
uma pessoa qualquer, ele é sempre um homem de nível social
elevado, alguém que a pessoa idealiza, tal como um médico, um
padre, um escritor, um político, ou até mesmo um objeto
inacessível, místico, como um santo, por exemplo.
O postulado
fundamental implica numa série de idéias e interpretações
delirantes da realidade que surgem de modo súbito, preciso,
como um a “amor à primeira vista”. Estas idéias delirantes são
uma tentativa de sustentar a própria erotomania: idéias de que
há uma colaboração universal a favor daquele amor;
interpretações incessantes de fatos atuais e antigos a partir
da erotomania; ações em direção ao objeto, incluindo viagens e
perseguições. Uma vez que o postulado fundamental se instala,
ele vai se assemelhar a um episódio emocional de enamoramento,
tanto na emoção que sujeito sente, quanto em suas atitudes de
apaixonado. Mas, não é igual, pois diferentemente do que
acontece com os apaixonados normais, na erotomania há uma
intensidade absolutamente desmedida da paixão, além do fato de
ela ser apenas uma ilusão.
As três
fases compreendem um período otimista e dois períodos
pessimistas. O período otimista é a primeira fase, ou seja, a
fase da esperança, quando o sujeito se crê amado de forma
convicta, inabalável. É a fase do orgulho.
A segunda
fase é a do despeito, quando o sujeito tem pelo objeto, ao
mesmo tempo, sentimentos de conciliação e de vingança,
baseados em seu orgulho ferido, pelo fato do objeto não estar
correspondendo ao que o erotômano espera dele.
E a terceira
e última fase é a do rancor, ou da reivindicação, quando o
sujeito passa a sentir ódio do objeto e a fazer-lhe falsas
acusações e ameaças de vingança, assim como a se sentir
ameaçado e perseguido pelo objeto - os dois últimos são os
períodos pessimistas.
Segundo o
psicanalista François Leguil “o ‘postulado’ pelo qual o
sujeito se crê amado e se encontra certo disso, será uma das
pedras de toque do ensino clínico sobre as psicoses do
psicanalista francês[8]” - aqui, Leguil se
refere a Jacques Lacan.
Lacan em sua
tese de doutorado analisou sistematicamente um caso clínico,
conhecido como Caso “Aimée”. Trata-se de um caso de paranóia,
mas com um delírio erotomaníaco bem estruturado: “uma
erotomania que tem por objeto o príncipe de Gales[9]”. O nome próprio que
Lacan deu a esta paciente já é um índice da erotomania: Aimée
em português quer dizer “Amada”. Nesse trabalho ele começa a
esboçar a idéia de que, na psicose, a erotomania é uma maneira
do sujeito psicótico se haver com a questão do real da
sexualidade e do amor.
Em seu
artigo “Formulações sobre a causalidade psíquica” de 1946,
Lacan, após afirmar que Clérambault foi seu “único mestre na
observação de doentes”, descreve a fenomenologia da loucura de
Aimée em alguns pontos fundamentais, dos os quais é
interessante extrair três aspectos para esta pesquisa: 1) a
estrutura paranóica da erotomania na psicose, 2) “uma
neutralização da categoria sexual, [...] coerente com o
platonismo da erotomania clássica[10]”, 3) a transformação
do amor à pessoa idealizada em ódio à mesma.
Assim, a
erotomania sempre esteve associada à psicose. Mesmo na
psicanálise, Freud[11] quando usou essa
noção foi sempre para se referir à psicose. Ele nunca utilizou
o termo erotomania para falar de neurose. Ele fala da
erotomania no caso Schreber[12]
e no artigo[13]
sobre Gradiva, de Jensen, quando aborda uma certa erotomania
fetichista que o personagem central do livro nutria pelos pés,
pela posição dos pés de Gradiva.
Com Lacan
não foi muito diferente, ele também usou o termo erotomania
para se referir à psicose, a uma forma específica de laço do
psicótico com o Outro.
Foi
Jacques–Alain Miller quem estendeu a noção de erotomania
normal para a neurose, referindo-se a uma forma feminina de
relação com o objeto, uma maneira de amar que é característica
das mulheres.
A
erotomania na neurose
Por que usar
o termo erotomania na neurose? E como pensar este conceito
nesta estrutura?
Lacan, no
Seminário 20, Mais, ainda, elabora as fórmulas da sexuação,
onde ele define a diferença sexual a partir da proposição de
que a relação sexual não existe[14]. Nas fórmulas da
sexuação ele coloca que existe o lado masculino e o lado
feminino da sexuação, o que “permite articular o gozo próprio
a cada sexo[15]”.
No lado
masculino, o sujeito é todo inscrito, regulado pela lógica
fálica. O que coloca o homem numa relação fetichista com o
objeto causa de desejo. O objeto a é o parceiro-sintoma
do homem, como o indica a fórmula lacaniana do fantasma: $ ◊
a.
No lado
feminino, o sujeito é não-todo comandado pela lógica fálica. O
que implica dizer que a mulher, diferentemente do homem,
possui uma forma de gozo, uma forma de unir o significante ao
corpo, ou de encarnar o significante, que não é toda regulada
pelo falo, como o é para o homem. Nesse caso, seu objeto é
erotomaníaco, ou seja, a mulher quer um objeto que a ame e que
fale com ela - de preferência, dela[16].
É neste
ponto que podemos falar que essa vertente não falicizada da
feminilidade leva a mulher a estabelecer uma relação mais além
do princípio do prazer com o Outro, ou com seu
parceiro-sintoma[17], forma esta que
possui um caráter erotomaníaco. O sintoma é a maneira que um
sujeito, homem ou mulher, vai encontrar para se ligar a um
parceiro. É o que Jacques-Alain Miller explica, em 1998, da
seguinte maneira: “o parceiro-sintoma do homem tem a forma de
fetiche, enquanto que o parceiro-sintoma feminino tem a forma
erotomaníaca[18]”.
Temos aqui
o lugar da erotomania na neurose proposto por Miller. Ela é o
parceiro-sintoma da mulher, na medida em que o gozo feminino
passa pelo amor e pela fala, pelas palavras de amor. É a outra
satisfação, como apresenta Lacan no Seminário 20, que
diz respeito ao gozo com a fala.
Segundo
Coelho dos Santos: “o enigma do continente negro da
feminilidade foi redefinido por Lacan como uma outra
satisfação, aquela que resulta da fala, para além do princípio
do prazer. Acredito que Lacan contribuiu decisivamente para
distinguir a reivindicação do falo, própria à sexualidade
feminina, da feminilidade propriamente dita. Ele propõe
formalizar esta última por meio do matema S()[19]”.
Podemos entender, então, a erotomania normal como uma
tentativa de localizar o gozo que está para além da regulação
fálica na mulher.
Na psicose,
não há relação, já que há equivalência entre os sexos[20]. Lacan o diz:
“Depois do que eu franqueei em torno da relação sexual, não é
difícil sugerir que, quando há equivalência, não há relação[21]”.
Sendo assim, na psicose feminina, a erotomania pode surgir
como um modo de também localizar o gozo. Ela pode servir como
suplência para a falta de identificação sexual, para a
inexistência da relação sexual.
Quer dizer,
se o pai é quem confere peso sexual às palavras, a foraclusão
do Nome do Pai afeta de forma precisa a relação do sujeito
psicótico com seu próprio corpo e com a sexuação. Ou seja, a
transmissão sexual que é feita pelo pai, não afeta o
psicótico, sendo assim, sua identificação sexual é
essencialmente imaginária. Isso faz com que o vínculo do
psicótico com Outro se dê de forma prevalentemente narcísica e
dual. Mesmo que haja parceria sexual na psicose, há algo que
realmente permite o laço com o outro: é o narcisismo sem
relação, sem falo, mas com o amor e a fala do outro - a
erotomania -, localizando o gozo.
Na neurose,
a erotomania é sintoma de que algo do gozo da mulher precisa
ainda ser nomeado para que ela possa ficar menos devastada na
sua relação com um parceiro sexual. Não é qualquer parceiro
que pode servir de quarto nó para uma mulher. O quarto nó para
uma mulher neurótica não é sem relação com “uma separação a
mais [que ela precisa realizar] da posição de objeto
suplementar ao gozo feminino da outra mulher, isto é, sua mãe[22]”. Então, se o
parceiro-sintoma da mulher é a erotomania, o próprio
tratamento da erotomania está relacionado ao parceiro sexual
que ela possa encontrar, ou seja, à contingência do encontro
amoroso. Parceiro este que, ao amá-la e ao falar com ela, lhe
permita ter acesso à “outra satisfação[23]”.
Através do
relato de dois fragmentos de casos clínicos, tentaremos
ilustrar o que seria a erotomania em cada estrutura.
Fragmento
de caso de erotomania em uma mulher psicótica
Este é um
caso descrito por Clérambault, em 1920. Trata-se de uma mulher
de 53 anos, que vem de uma família desunida, cujo pai era
alcoólatra. Ela teve dois relacionamentos em sua vida. O
primeiro foi com um amante rico e bem colocado, com quem ela
viveu por 18 anos. Ele morre e, imediatamente, ela se liga a
outro homem, mais jovem do que ela, com quem ela vive por 4
anos, mas de quem também se separa.
Sua
erotomania surge a partir do postulado fundamental, que é o
seguinte: “o Rei da Inglaterra está apaixonado por mim”. Essa
certeza delirante é verificada por uma série de constatações
imaginárias, freqüentes nos casos de erotomania. São elas:
algumas pessoas e, principalmente oficiais que ela encontra na
rua, são mensageiros do homem amado. Por exemplo, num trem, um
oficial era emissário do Rei George V. O Rei cruza seu caminho
com disfarces os mais variados. Ela não responde às investidas
do Rei porque ela não quer compromisso.
A fase da
esperança se manifesta, no caso de Lea, por uma expectativa
ardente, por uma felicidade que está prestes a se realizar.
Essa espera é absolutamente sem fundamento na realidade. O Rei
nunca chegava aos encontros marcados. Com as ausências e os
desencontros com Sua Majestade, ela começa a se perguntar se
não teria se enganado. O que a leva a segunda fase, a do
despeito, que serve para explicar a atitude do Rei em não
comparecer aos encontros: “O Rei pode ter ódio dela, mas ele
não saberia esquecê-la, ele não seria indiferente a ela[24]”. Depois desta fase,
vem a fase do rancor, quando o ódio aparece na forma de
perseguições do Rei a ela. O Rei retira objetos dela no hotel.
Ele quer empobrecê-la. E ela inclusive se pergunta se não está
internada por ordem do Rei.
Ilustração de erotomania em uma mulher neurótica
Uma pequena
observação sobre um caso, a guisa de ilustração do que foi
escrito. Uma mulher de 30 anos, Maria, casada com o homem com
quem ela sempre quis se casar. O marido era seu “ideal de
homem”. Eles tiveram filhos. Ambos eram bem sucedidos
profissionalmente. Viviam muito bem. Até que ela conheceu um
outro homem no ambiente de trabalho, com quem começou a ter
freqüentes e longas conversas. Ele falava com ela. O fato de
ele falar com ela começou a fazê-la acreditar que
ele
a
amava.
Ele falava tanto com ela, que ela começou a crer que ele
a amava. Isto foi o suficiente para fazê-la pensar cada vez
mais nesse outro homem e começar a questionar seu
relacionamento, até então, tão sólido.
Conclusão
No caso de
Lea, o embaraço sexual, a inexistência da relação sexual, é
real, como o é para qualquer sujeito. Mas, nesse caso de
psicose feminina, a erotomania surge como um modo de localizar
o gozo, depois que ele, aparentemente, se deslocalizou com a
perda de seus dois parceiros. A erotomania de Lea serve como
suplência para a falta de identificação sexual. Para ela, ser
erotômana é igual a ser mulher, visto que ela não tem nenhuma
outra forma de identificação, de ancoragem no laço com o
outro, e, menos ainda, no laço social. Por exemplo: ela não
teve filhos, não trabalha, não é artista, não tem nenhuma
outra forma de suplência.
Poderíamos
dizer que, segundo Lacan no Seminário 23, a erotomania
de Lea vem consertar o nó em outro lugar em que se deu a falha[25]. Esta é uma das
especificidades da erotomania na psicose: a falha é sexual,
mas o conserto não se dá pela via da sexualidade, mas pela
relação com o duplo, mesmo que este duplo esteja referido a um
delírio erotomaníaco.
A erotomania
na psicose, não é necessariamente platônica, mas como nos diz
Clérambault: “as exigências sexuais são freqüentemente bem
menos marcadas nos sujeitos erotômanos do que no homem são.
Existe para isso uma razão profunda: é que o amor não é a
fonte principal do delírio erotomaníaco; a fonte principal é o
orgulho. O amor é apenas a fonte acessória. Orgulho sexual,
certamente, mas orgulho principalmente[26]”.
Já no caso
de Maria, a erotomania é sintoma de que algo do seu gozo
precisa ainda ser nomeado para que ela possa ficar menos
devastada na sua relação com um parceiro sexual. Não é
qualquer parceiro que pode servir de quarto nó para uma
mulher. E o quarto nó para uma mulher neurótica não é sem
relação com “uma separação a mais [que ela precisa realizar]
da posição de objeto suplementar ao gozo feminino da outra
mulher, isto é, sua mãe[27]”.
Referências bibliográficas
[2]
BEAUCHESNE, H. História da psicopatologia, São
Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 28.
[2]
ESQUIROL, J.-E. Des maladies mentales, vol. 2,
Paris: J. B. Baillière, 1938, p. 32.
[3]
POROT, A. Dicionário de Psiquiatria, vol. 1,
Barcelona: Editorial Labor, 1977, p. 470.
[4]
MOREL, A. B. Traité des maladies mentales, Paris:
Editora???,1860.
[7]
Forma como Clérambault chama a pessoa que é alvo do amor e
que supostamente ama o erotômano (CLÉRAMBAULT, Op.cit).
[8]
LEGUIL, F. Prefácio: “Clérambault, et les leçons de la
passion”, in: L’Érotomanie, Paris: Les Empêcheurs
de penser em rond, 2002, p. 22.
[9]
LACAN, J. Da psicose paranóica em suas relações com a
personalidade, Rio de Janeiro: Forense-Universitária,
1987, p. 165.
[10]
LACAN, J. “Formulações sobre a causalidade psíquica”, in:
Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p.170.
[11]
Cf. FREUD, S. “Notas psicanalíticas sobre um relato
autobiográfico de um caso de paranóia” [1911], In:
Obras Completas, v. XII, Rio de Janeiro: Imago, 1976.
[12]
Freud,
S. (1915) “Um caso de paranóia que contraria a teoria
psicanalítica da doença”, in: Op. Cit., vol. XIV.
[13]
Freud, S.
(1907 [1906]) “Delírios e sonhos sobre a Gradiva,
de Jensen”, in: Op. Cit., vol. IX.
[14]
LACAN, J. O Seminário 20, Mais, ainda, [1972/73],
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 17.
[15]
MILLER, J.-A. “A partilha sexual” [1997/98], in: CLIQUE
nº 2, Revista dos Institutos Brasileiros de
Psicanálise do Campo Freudiano.
MG: Instituto de Saúde Mental de Minas Gerais, agosto,
2003, p. 12-29.
[16]
COELHO DOS SANTOS, T. “O psicanalista é um sinthoma”, in:
Latusa nº 11, Rio de Janeiro: EBP, 2006.
[17]
Noção criada por Jacques-Alain Miller para redefinir o
conceito de grande Outro, numa outra perspectiva, na qual
o Outro não é somente o Outro da linguagem, mortificado
pelo significante. Mas é também, e, principalmente, um
“meio de gozo”.
[18]
MILLER, J.-A. O osso de uma análise, Salvador:
Biblioteca-Agente, 1998, p. 109.
[19]
COELHO DOS SANTOS, 2006.
[20]
No Seminário Le Sinthome, Lacan formula
(re-formula?) sua proposição do Seminário Mais,
ainda da seguinte forma: “Na medida em que há sinthoma,
não há equivalência sexual, quer dizer, há relação”
(LACAN, J. Le Séminaire, livre XXIII, Le
sinthome, Paris: Éditions du Seuil, 2005, p.101).
[22]
COELHO DOS SANTOS, T. Op.cit.
[24]
CLÉRAMBAULT, G. G. “Le syndrome érotomaniaque”, in:
L’érotomanie, Op.cit., p.49.
[25]
LACAN, 2005, p. 98 e 99.
[26]
CLÉRAMBAULT, Op.cit., p.62.
[27]
COELHO DOS SANTOS, Op.cit.