As teorias pós-modernas: os princípios e o método da desconstrução generalizada
Maria Cristina da Cunha Antunes
Revista aSEPHallus de Orientação Lacaniana
Núcleo de Pesquisa sobre
o Moderno e o Contemporâneo
Este número de aSEPHallus conta com muitas contribuições que se esforçam para articular com a maior clareza os fundamentos conceituais das estruturas subjetivas e a atualidade das suas manifestações contemporâneas. A questão dos diagnósticos, em que pese a orientação lacaniana no sentido de uma despatologização cuidadosa, não deixa de nos embaraçar quando é difícil distinguir uma neurose de uma psicose. Meu último projeto de pesquisa financiado pelo CNPq interroga a diferença entre a subjetividade moderna e pós-moderna, destacando como a incidência das diferentes discursividades desconstrucionistas da nossa época contribui para tornar nebulosa essa distinção. Um dado sintoma é o efeito do discurso da ciência aliado ao do capitalismo, isto é, da foraclusão generalizada do Nome do Pai? Ou trata-se, efetivamente, de um efeito estrutural da foraclusão do Nome do Pai na estrutura subjetiva de um psicótico? Saiba mais ->
Maria Cristina da Cunha Antunes
Rebeca Espinosa Cruz Amaral
Rogério Robbe Quintella
Marcelo Walmir Araldi
Rosane Zétola Lustoza
Flavia Lana Garcia de Oliveira
Filipi Dias de Souza Malta
Breno Ferreira Pena
Andréa Máris Campos Guerra
André Luiz Pacheco
Márcia Rosa
Juliana Tassara Berni
Nádia Laguárdia de Lima
Marina Harduim Sant’Anna Campos
Renata Alves de Paula Monteiro
Ser louco, parafraseamos o filósofo Blaise Pascal, é não ser louco da loucura de todo mundo. Ao meditar sobre o significado dessa fórmula, às vésperas da preparação de minha intervenção, eu me perguntei por qual seria essa loucura singular que nos permite aforisticamente dizer que todo mundo é louco, conforme o título proposto para o próximo congresso da Associação Mundial de Psicanálise, por Jacques-Alain Miller, sem, todavia, fazer parte da loucura de todo mundo. Interessou-me de saída notar que um enigma semelhante se apresenta quando o último Lacan enuncia, em seu discurso de encerramento das jornadas de Lille, que não se desperta jamais (Lacan, 1981/2020, p. 8).
Saiba mais ->