Editorial

Este número de aSEPHallus conta com muitas contribuições que se esforçam para articular com a maior clareza os fundamentos conceituais das estruturas subjetivas e a atualidade das suas manifestações contemporâneas. A questão dos diagnósticos, em que pese a orientação lacaniana no sentido de uma despatologização cuidadosa, não deixa de nos embaraçar quando é difícil distinguir uma neurose de uma psicose. Meu último projeto de pesquisa financiado pelo CNPq interroga a diferença entre a subjetividade moderna e pós-moderna, destacando como a incidência das diferentes discursividades desconstrucionistas da nossa época contribui para tornar nebulosa essa distinção. Um dado sintoma é o efeito do discurso da ciência aliado ao do capitalismo, isto é, da foraclusão generalizada do Nome do Pai? Ou trata-se, efetivamente, de um efeito estrutural da foraclusão do Nome do Pai na estrutura subjetiva de um psicótico? Saiba mais ->

Artigos

Atualidades

Ser louco, parafraseamos o filósofo Blaise Pascal, é não ser louco da loucura de todo mundo. Ao meditar sobre o significado dessa fórmula, às vésperas da preparação de minha intervenção, eu me perguntei por qual seria essa loucura singular que nos permite aforisticamente dizer que todo mundo é louco, conforme o título proposto para o próximo congresso da Associação Mundial de Psicanálise, por Jacques-Alain Miller, sem, todavia, fazer parte da loucura de todo mundo. Interessou-me de saída notar que um enigma semelhante se apresenta quando o último Lacan enuncia, em seu discurso de encerramento das jornadas de Lille, que não se desperta jamais (Lacan, 1981/2020, p. 8).
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Resenhas