Por, Tânia Coelho dos Santos

O que é Sephora ?

O que é SEPHORA? É o nome da mulher de Moisés, um significante sonoro que extraí de uma passagem poética do seminário 10 de Lacan sobre o Êxodo. Não tem sentido, aponta o Real da pulsão, uma estrutura que se funda no corte, que é esta vontade de recomeço com novos custos. Constituí o Núcleo Sephora de Pesquisa sobre o Moderno e o Contemporâneo em 1999, dez anos depois que entrei no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica. Em 2003, o Núcleo tornou-se uma Associação Civil sem fins lucrativos e, em 2010, finalmente, surgiu o Instituto Sephora de Ensino e Pesquisa de Orientação Lacaniana. São 22 anos de pesquisa na pós-graduação com financiamento da FAPERJ, do CNPq e da Capes. Deste percurso resultou um grupo coeso que se dedica ao ensino, à transmissão, à pesquisa e à clínica psicanalítica. O significante SEPHORA talvez seja apenas um sinthoma cujo destino é repetir o mesmo êxodo que levou Moisés rumo à terra prometida.




Revista

a SEPHallus

A psicanálise sobreviverá à aliança do discurso do capitalismo com o discurso da ciência? Neste número, o leitor encontrará uma forte convergência dos artigos em torno da possibilidade ou da impossibilidade de transmitir a psicanálise. Seja ao nível da subjetividade da nossa época, seja ao nível das instituições de saúde e de ensino universitário, cresce a rejeição ao inconsciente. Ensinada nos cursos de psicologia, a psicanálise não tem afinidade com o paradigma performativo, cognitivo-comportamental que privilegia a relação entre o indivíduo e o meio ambiente. Recordo as palavras de Lacan (1975-1976/2007) em um dos seus últimos seminários: “A hipótese do inconsciente, Freud o sublinha, não se sustenta sem o Nome do Pai. Supor o Nome do Pai, por certo, é Deus” (p. 136).

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